vai até onde ninguém te possa falar ou reconhecer
vai por esse campo de crateras extintas
vai por essa porta de água tão vasta quanto a noite deixa a árvore das cassiopeias cobrir-te e as loucas aveias que o ácido enferrujou erguerem-se na vertigem do voo
deixa que o Outono traga os pássaros e as abelhas para pernoitarem na doçura do teu breve coração
ouve-me que o dia te seja limpo e para lá da pele constrói o arco de sala morada eterna
o mar por onde fugirá o etéreo visitante desta noite.