(...)
Imóvel, com secreta vida, como uma cidade subterrânea
para que resvalem os dias
como gotas inabarcáveis;
nada se gasta nem se acaba
até a nossa ressurreição,
até regressar com passos
da primavera enterrada,
do que jazia perdido,
inacabavelmente imóvel
e que agora sobe do não ser
para ser um ramo florido.