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O primeiro amor ocupa o amor todo.

por Maria Rita, em 12.12.13

 

 

É fácil saber se um amor é o primeiro amor ou não. Se admite que possa ser o primeiro, é porque não é, o primeiro amor só pode parecer o último amor. É o único amor, o máximo amor, o irrepetível e incrível e antes morrer que ter outro amor. Não há outro amor. O primeiro amor ocupa o amor todo.  Nunca se percebe bem por que razão começa. Mas começa. E acaba sempre mal «só porque acaba». Todos os dias parece estar mesmo a começar porque as coisas vão bem, e o coração anda alto. E todos os dias parece que vai acabar porque as coisas vão mal e o coração anda em baixo.  O primeiro amor dá demasiadas alegrias, mais do que a alma foi concebida para suportar. É por isso que a alegria dói — porque parece que vai acabar de repente. E o primero amor dói sempre de mais, sempre muito mais do que aguenta e encaixa o peito humano, porque a todo o momento se sente que acabou de acabar de repente. O primeiro amor não deixa de parte «um único bocadinho de nós». Nenhuma inteligência ou atenção se consegue guardar para observá-lo. Fica tudo ocupado. O primeiro amor ocupa tudo. E inobservável. E difícil sequer reflectir sobre ele. O primeiro amor leva tudo e não deixa nada.  Diz-se que não há amor como o primeiro e é verdade. Há amores maiores, amores melhores, amores mais bem pensados e apaixonadamente vividos. Há amores mais duradouros. Quase todos. Mas não há amor como o primeiro. É o único que estraga o coração e que o deixa estragado.

 

 

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publicado às 11:00



18 comentários

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De Gaffe a 12.12.2013 às 15:37

Gosto tanto, tanto, tanto do MEC!
Obrigada por mo teres relembrado.
:)
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De Maria Rita a 12.12.2013 às 15:53

Nada a agradecer! Já somos 2! :)

 
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De Ben a 12.12.2013 às 16:38

Realmente não há amor como o primeiro... Falo por mim... Todos os que vieram depois do primeiro, só me fizeram desacreditar mais nesse sentimento... Estou aberto ao amor... sempre! Mas já me protejo de outra forma e não me dou como da primeira vez! Até acho que estou muito bem sozinho, por vezes hehe 
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De Maria Rita a 12.12.2013 às 17:18

Percebo-te bem...as barreiras que se criam para a própria protecção, limitam a vivência (ir)racional do(s) amor(es). Crescer (também) tem destas coisas...racionais!

Boa tarde :)

 
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De bringitonbaby a 12.12.2013 às 22:03

sem dúvida que não há. o meu coração sempre esteve um bocadinho estragado, mas, desde que a conheci, ficou completamente estragado.
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De Maria Rita a 12.12.2013 às 22:55

adormecido, acorrentado....estragado não ;)
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De bringitonbaby a 12.12.2013 às 22:57

nah, neste caso é mesmo estragado!
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De Maria Rita a 12.12.2013 às 23:10

Lamentamos informar mas...de estragado tem pouco, vá está "escangalhado" mas tem conserto, tem! :))
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De bringitonbaby a 12.12.2013 às 23:20

conheces o meu coração? :o
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De Maria Rita a 12.12.2013 às 23:23

não...só conheço o meu! ;)
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De bringitonbaby a 12.12.2013 às 23:25

já não é mau!
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De Maria Rita a 12.12.2013 às 23:47

olha...tem dias!
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De su a 12.12.2013 às 22:52


你不要为自己找借口,也不要误导读者。
最后一次恋爱不等于初恋,最少他们有着时空上的差别
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De Maria Rita a 12.12.2013 às 23:05

Longe de mim induzir alguém erro. Acredito em amores (des)iguais, acredito em momentos e intensidades distintas. São opiniões.
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De asimplesvidadejoaorapaz a 13.12.2013 às 08:03

às vezes o amor... http://www.youtube.com/watch?v=PSROz_Q3_H8


como o pessoal gosta de falar do amor... como o pessoal procura e desespera por amor... eu gosto... e lembro amores mais ou menos vividos, mas mais ingénuos e portanto mais verdadeiros... talvez... não gostaria de juntar ao amor um sentimento assim de arrependimento ou mágoa ou tristeza... mas acontece... fica a saudade que é uma palavra tão portuguesa, e procuremos novos amores e novas formas de amar... ou então não procuremos... porque amar também custa...
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De Maria Rita a 13.12.2013 às 10:12

Quando fica a saudade é bom. Entre lágimas e sorrisos, novas descobertas, novos (des)amores vamos morrendo...e vivendo! :)



Tão bom morrer de amor! e continuar vivendo...(mário quintana)
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De asimplesvidadejoaorapaz a 13.12.2013 às 11:57

é tão bom tão bom que ás vezes é mau... mas admiro quem entre "mortes e feridas do amor" ainda o procure incessantemente e com a vivacidade imaculada...
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De Maria Rita a 13.12.2013 às 12:59

também admiro..."os resistentes"

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