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Possuo pouco, quase nada. O nada que me conduz serenamente do tanto do indispensável. Qualquer aproximação de fragilidade da primária existência que me conduz à indiferença do possuir. O ter é nada comparado com o ser, com o sentir que é tanto. A inexistência, a separação confusa aproxima-me do amanhecer onde desapareço com as aves que partem. Quebrei muralhas de pedra, derrubei portas de lugares e inamovível fiquei entre sombras e clareiras, na perfeição tranquila do despertar por caminhos que conheço percorridos de olhos fechados e onde me deliciosamente perco. Não há norte…na indispensável e fascinante travessia d’esta incomum viagem pela vida onde possuir é nada. Sem a estagnação do pensamento, viajo…desconhecendo o destino, aguardando o deslumbramento da chegada, não anunciada e com aroma de desordem imaginada. Sem padrão olho…a formosa brancura, despojada e marginal pela negritude desta realidade sem nada possuir. É impreterível sentir o vazio do tudo e a heterogeneidade condensada do nada que é tanto. Num Norte desviado e no lugar (in)certo...possuo tanto.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.