Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Naquele dia, deixou-se fascinar por veias. Veias e artérias. Pensou e admirou o seu crescimento, a forma ordeira como se espalhavam em silêncio debaixo da sua pele. Pequenos rios de sangue a crescer de acordo com as leis escondidas de uma orografia imparável; alimentando continentes, levando cheias de tempestade a terras sequiosas. A cada segundo, mais um milímetro de tubagem era construído com precisão e sem fadiga. Quem convencera o seu próprio organismo a alimentar assim o pequeno invasor? E onde estaria o projeto de uma tal empreitada? Como poderia, logo desde o início, aquela mão-cheia de células ambiciosas comandar um prodígio assim?