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A anatomia da mulher é intercadência ou cissão de árvore. Os seus seios, como dois pomos sazonais inaugurados no hemisfério do dorso, principiam-se com o acúleo do peito lactente no cedro da minha boca. O seio esquerdo tumesce cerúleo de tão azul, o diâmetro recua esfriado na bainha das nervuras. Os seus músculos textualizam-se de forma e som, hirtos, despedaçam a elasticidade cervical dos meus vértices. A pele gradua-se num esmalte vítreo de luz, fixa-se nas cavilhas que lhe prendem a argamassa à semelhança de um rosto. Na mulher, o físico verbaliza-se no desarranjo dos nervos, na mulher, a geometria é descontínua se a matéria se desfaz magra de resina. A anatomia da mulher é perfloração ou fissão de pedra. Os seus seios, como dois seixos salmourados nos ferros do peito, incham-se de sal na sucção dos meus beiços. A anatomia da mulher é aceleração de corpo subida à altura da expectativa mais distante. Mas a sua fisionomia é táctil, não possui matriz ou molde, enxuga-se na terra e só da terra o musgo lhe devolve outro princípio de mulher.