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Satisfazem-se com o exagero do sorriso, os silêncios povoados e suspensos da distância. Enigmas por resolver, sem resposta. Catástrofes provocadas no fascínio perigoso de um toque. Acercam-se com as palavras, os diálogos de coisas mundanas que quebram barreiras numa mancha sem contornos, sem precisão. Fragmentos imperfeitos seres mais que imperfeito. Punhados de (re)começos. Sensata inquietação que conduz ao sorriso, na agonia de não o ter. Patamares e paradigmas de uma vida. Serem que se (des)conhecem e se procuram. Sorriem no ângulo da malícia em plena tempestade.
A simpática e bem disposta proprietária da Taberna mais conceituada das redondezas e se não conhecem passem por lá, tem uns pasteis de bacalhau de comer e chorar por mais, entrevistou-me (cof cof sou uma moçoila tão importante e gira pá)!...certamente com o propósito (forjado) de animar a habitual, sui generis e apreciada clientela. Ela pediu-me, também, para usar uma blusa decotada e transparente...o que prontamente recusei uma vez que nada de jeito tinha a dizer e assim fui mesmo de biquini, mal ou bem sempre os mantinha distraídos. Entre traçadinhos, dedais de medronho, uns coiratos ela foi perguntando e eu fui respondendo. Os velhos riram…ao menos isso. :)
Podem ver aqui mas deixo um Aviso à navegação...atenção aos chás que possam eventualmente vir a ser servidos por Maria Rita...como devem compreender estamos em época de contenção de custos e nada se pode desperdiçar!
e...agora?...Sei lá, pá! Tá feito!
Com a ingenuidade própria da meninice a que apetece afagar as bochechas e dar as mãos em passeios de final de tarde na praia onde ainda se fazem castelos na areia e se brinca ao toca e foge. Com a ingenuidade própria da meninice e a força de gente pequena, sobra a vontade que lhe rebenta os olhos na ânsia mais querer, abraçar, dar. Agora, quando tudo lhe tiram e já sem ingenuidade própria da meninice, os sonhos dormem por aí algures noutros lugares por onde não passou, que desconhece a existência e imagina reais. Com a ingenuidade própria da meninice que perdeu, procura vestígios que ainda ontem anunciavam o desejo de eternos serem. Em vão. Sem e despojada da ingenuidade própria da meninice conhece o aconchego desassossegante das estradas a percorrer de cor. Em vão. Resta-lhe o som que a embala da impreterível, invariável e incessante vontade imbuída de alcançar a satisfatória e hilariante eternidade.