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Deixava o livro e ficava-se horas a ver o pássaro debater-se na gaiola. Nua, o sol batia-lhe de chapa sobre o corpo estendido na cadeira de repouso vermelha e azul, azul só nas pequenas flores, flores minúsculas aqui e além no tecido brilhante, macio. O livro no chão marmóreo da varanda, a capa dobrada a formar um vinco no verniz lustroso, a gaiola dourada com um suporte esguio, alto, nascendo de uma base tripartida: três pés curvos muito separados, junto à mesa onde se esquecia um copo. E ela nua na cadeira comprida, o sol de chapa no corpo liso, suado.